terça-feira, 30 de junho de 2009

Luzes

Mas será que alguém viu a luz? Podem vê-la da mesma forma que eu? É aqui, onde a disposição encontra o dueto, que o tempo se limita a crescer? Estão a perceber o que eu estou a tentar dizer?

Já se aperceberam, por certo, que ninguém consegue ver para dentro de ninguém. Vocês já se aperceberam que estão do lado que consegue ver? Só me dirijo a vocês nestes modos, porque consigo ver dentro de mim o que os outros não vêem. Vocês são os outros, aqueles que não conseguem ver.
Não sei o que vocês entendem por vida. Para mim, é mais que um simples rosto. É desejo de ter.
É fazer o que tenho a fazer, sozinho de um lado, até me entronizar como real. Preciso disso mais do que qualquer outra coisa. Diz-me que posso ser aquilo que quiser. Sozinho, a vontade deixa-me feliz.
Será que é isto ser real?
Alguém mais consegue ver esta luz?
Já alguém percebeu de que lado é que está a visão de nós?
Já alguém percebeu que essa é a única força que se pode ter?
A subjectividade é genérica. A natureza é a verdade do subconsciente. A verdade não tem complexos, porque a mentira precisa de o ser. E sem mentira, não há verdade.

Que interessa se o passado corta ou não connosco? Já tenho de imbecil, tudo o que devia ter. Para uma coisa existir é preciso o oposto da mesma. As coisas são complexas. Definem-se umas nas outras através da comparação. Não saber isso, seria não querer ver a luz, que é a única entidade absoluta.

Mas será que alguém quer ver a luz?

Já deixei de querer ser forte, para assim o passar a ser. Só não pensando é que as coisas passam ao subconsciente. Só aí há natureza. Só aí há verdade. Será que mais ninguém consegue ver a luz?

1 comentário:

  1. às vezes esqueço-me da minha.
    Mas só aí, onde há natureza a relembro de novo.
    Beijinho beijinho

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