Hoje disseram-me que sou um tipo excessivo. Demasiado. Com tendências para a amargura e o dramatismo. Agressivo, conflituoso. Com a capacidade de ser cruel e pouca vontade de ser feliz.
Não discordo nem concordo, mas nós temos sempre uma opinião diferente de nós próprios, daquela que os outros têm.
Suponho que haja razões para acharem isso e também compreendo que isso não é propriamente uma boa coisa, nem algo capaz de me tornar popular.
Se for a pensar, os elogios que me fazem podem resumir-se à minha seriedade. E isso, sei-o bem, não é a melhor das características. Mas explica porque razão me procuram quase sempre para pedir ajuda ou trabalho. Suponho que seja o universo onde as minhas qualidades mais se aplicam.
Todos temos defeitos e limitações e todos seremos eventualmente capazes de traçar a sua origem e encontrar razões para as mesmas. Mas acho que não tenho de o fazer. Sou como sou e resta-me lidar com as consequências e implicações disso, sem entrar em defesas argumentativas acerca de como a tristeza faz tanto parte da vida como a alegria, ou que comporto-me de acordo com o que sinto e que isso nunca é desprovido de razões.
Tudo isso é muito verdade, mas nada muda.
Portanto, talvez tenha razão a MI. quando diz que eu não tento ser feliz. Pelo menos aos olhos dela, que a felicidade, como já foi explicado, é sintetizável e não absoluta.
Resta aceitar o que sou ou mudar se não gostar, coisa que não tenho a certeza de conseguir fazer.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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